O Perigo da Avareza – Leia Lucas 12.13-34
“Mestre, ordena a meu irmão que reparta
comigo a herança.” Lucas
12.13
Certo homem fez este pedido incomum quando Jesus estava
ensinando uma multidão. Ninguém sabe quem ele era, mas evidentemente ele
pensava que seu irmão estava enganando-o na partilha da propriedade da família
e queria que Jesus interviesse para resolver o assunto. Jesus recusou-se, mas
no processo ele explicou a relação do homem com as posses e revelou os
princípios que governam a atitude cristã para com o dinheiro.
Uma pergunta
Quando o homem pediu a Jesus que arbitrasse a disputa da
herança, ele se recusou, fazendo a pergunta:
“Homem, quem me constituiu juiz ou
partidor entre vós?” Lucas 12.14
Ele estava simplesmente dizendo que não era seu propósito
acertar querelas de propriedade. É certo que o homem tinha entendido mal a meta
da missão de Jesus. O Senhor poderia ter deixado isso assim, mas não o fez.
Uma advertência
Jesus acrescentou uma advertência:
“Tende cuidado e guardai-vos de toda
e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos
bens que ele possui.” Lucas 12.15
Que declaração forte! “Tende cuidado!” ‒ mas o Senhor não ficou numa única
declaração de perigo; ele acrescentou outra ‒ “guardai-vos!”. E qual era o perigo contra o qual ele
estava advertindo tão duramente? A avareza. Ela é o assunto de muitas
advertências bíblicas. Você pode encontrá-las em Marcos 7:22; Romanos 1:29; I
Coríntios 5:10-11; 6:9-11; Efésios 5:3, 5; Colossenses 3:5; I Timóteo 6:10; II
Pedro 2:14. Um pecado sobre o qual as Escrituras advertem tão frequentemente
tem que ser muito espalhado. Será que somos cegos a este erro em nossas
próprias vidas? A avareza é um desejo desordenado por coisas. Vemos e queremos.
Coisas materiais tornam-se mais importantes para nós do que o Senhor, motivo
pelo qual a avareza é chamada idolatria (Efésios 5:5; Colossenses 3:5). Daí a
cobiça leva a outros pecados.
Compramos coisas que não podemos pagar. Logo, devemos
tanto dinheiro que não podemos pagar nossas dívidas. Provérbios 22.7 adverte
que quem pede emprestado se torna um escravo do emprestador. O crédito fácil é
um tirano. Como o peixe que abocanha a isca do anzol, somos atraídos por coisas
materiais e pela nossa obsessão de tê-las agora mesmo. Não podemos pagá-las,
mas não importa. Apenas cinco pagamentos facilitados, ou um cartão de plástico.
Mas a satisfação instantânea tem seu preço, e é alto. A raiz do problema: a
avareza ‒ queremos o que queremos, e faremos
coisas erradas para conseguir.
Permitimos que nosso emprego interfira com o serviço a
Deus. Tornamo-nos tão devotados à nossa carreira e a ganhar mais e mais
dinheiro que não temos tempo para ensinar, estudar, orar ou adorar. Deus nos
manda trabalhar (II Tessalonicenses 3.10), mas Ele não quer que façamos de
nosso trabalho um ídolo. Ele não quer que esposas negligenciem sua
responsabilidade principal de dirigir o lar (Tito 2.5; I Timóteo 5.14) para se
devotarem a uma carreira. A raiz do problema: avareza ‒ queremos o que queremos ‒ e faremos um deus de nosso trabalho
para conseguir.
Murmuramos e nos queixamos a respeito do que não temos.
“Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos
com as coisas que tendes.” Hebreus 13.5
É fácil olhar em volta e ver seus vizinhos e colegas com
mais do que você tem e então sentir-se privado. Sentimos que ficaríamos
contentes se tivéssemos apenas mais uma quinquilharia, mas quando a
conseguirmos, logo desejaremos mais alguma coisa. O problema é nossa atitude,
não nossa posição financeira.
“Quem ama o dinheiro jamais dele se
farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda.” Eclesiastes 5.10
Se não estamos contentes com o que temos agora, não
ficaremos contentes com coisa nenhuma. A raiz do problema: avareza ‒ queremos o que queremos ‒ e nos sentimos despojados se não conseguimos.
Jesus simplesmente disse:
“... a vida de um homem não consiste na
abundância dos bens que ele possui.” Lucas 12.15
Coisas materiais não são tudo o que a vida é. Nada
realmente valioso, desejável ou duradouro pode ser comprado. O Senhor poderia
ter parado aqui, porém não o fez.
Continua na próxima postagem
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