sexta-feira, 20 de junho de 2014

"Deus ama quem dá com alegria"



Muitos pregadores em inúmeras igrejas pervertem o ensinamento bíblico sobre ofertas e responsabilidades financeiras dos fiéis. Alguns o fazem por ignorância, e outros por simples ganância. Vamos examinar o ensinamento das Escrituras e considerar diversas questões em relação às ofertas e o uso do dinheiro no reino do Senhor.

Um resumo do ensinamento bíblico sobre ofertas

Na época dos patriarcas
Sabemos que a oferta de Abel agradou a Deus, e a de Caim, não lhe agradou. Abrão pagou a Melquisedeque o dízimo (Gênesis 14:18-24). Jacó jurou que, se Deus fosse com ele na sua jornada, daria o dízimo depois de voltar (Gênesis 28:20-22).

Na Lei de Moisés
Na Lei de Deus dada pela mão de Moisés, o dízimo se tornou obrigação dos israelitas. Eles faziam, também, várias outras ofertas, diversos sacrifícios, etc. Os dízimos são mencionados em mais de 20 versículos, de Levítico a Malaquias. Quando o povo não deu a devida importância aos dízimos, foi repreendido pelo Senhor por meio do profeta Malaquias.
Hoje, Ele tem falado pelo Seu Filho Jesus, pelos apóstolos, e pela Nova Aliança que governa os cristãos (Hebreus 1:2; 2:1-4; 7:12; 8:6-13; 9:15). Aprendemos muitas coisas importantes das promessas e dos exemplos do Velho Testamento (Romanos 15:4; 1 Coríntios 10:6).

A Igreja do Novo Testamento
A Nova Aliança coloca a oferta no contexto de um reino espiritual como uma grande e urgente missão. As contribuições feitas na igreja não são impostos pagos num sistema teocrático. O Novo Testamento nos ensina sobre a importância das nossas ofertas para cumprir a missão que Deus deu à igreja. Cada pessoa verdadeiramente convertida a Cristo dará conforme as suas condições por querer participar do trabalho importantíssimo da igreja.
Observe o que Deus pede aos cristãos.

Ofertas conforme a nossa prosperidade

“Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar.” 1 Coríntios 16:1-2

Embora este trecho trate de uma necessidade específica (os santos necessitados em Jerusalém), ele ensina um princípio importante que ajuda em outras circunstâncias. As necessidades podem ser diferentes, mas a regra de ofertas continua a mesma. Devemos dar conforme nossa prosperidade. Quem não possui nada e não ganha nada não terá condições de ofertar (veja II Coríntios 8:12). Mas, qualquer servo do Senhor que goza de alguma prosperidade deve ofertar.

Ofertas feitas com amor e sinceridade

“Não digo isto como quem manda, mas para provar, pela diligência dos outros, a sinceridade de vosso amor. Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis. E nisto dou o meu parecer; pois isto convém a vós que, desde o ano passado, começastes; e não foi só praticar, mas também querer.
Agora, porém, completai também o já começado, para que, assim como houve a prontidão de vontade, haja também o cumprimento, segundo o que tendes. Porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem, e não segundo o que não tem. Mas, não digo isto para que os outros tenham alívio, e vós opressão, mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade; como está escrito: O que muito colheu não teve demais; e o que pouco, não teve de menos.”
II Coríntios 8:8-15

Paulo comenta sobre as contribuições dos coríntios: “Não vos falo na forma de mandamento, mas para provar, pela diligência de outros, a sinceridade do vosso amor; pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos” (versículos 8 e 9).
Algumas pessoas, querendo fugir da responsabilidade de ofertar, distorcem o sentido deste trecho. Elas dizem: “Está vendo? Não é mandamento Então, eu posso ofertar ou não; não faz diferença!”  Tal interpretação está totalmente errada por, pelo menos, dois motivos: 
1. Distorce o sentido do versículo - A construção gramatical “Não isso, mas aquilo” é usada várias vezes no Novo Testamento para enfatizar uma coisa, sem negar a outra. É uma comparação de duas coisas, dizendo que uma é mais importante. Assim, a missão de Jesus enfatizava a salvação, sem negar o aspecto de julgamento (João 3:17; 5:22). O homem deve trabalhar para a vida espiritual, sem deixar de sustentar a sua família (João 6:27; 2 Tessalonicenses 3:10; 1 Timóteo 5:8). Paulo pregou o evangelho, mas nunca negou a importância do batismo (1 Coríntios 1:17; Gálatas 3:27). Ele não condenou o uso de vestimentas ou joias, mas enfatizou o homem interior (1 Timóteo 2:9-10; veja 1 Pedro 3:3-4)
Voltando ao texto de II Coríntios 8:8, Paulo está dizendo que o motivo maior é o amor, sem negar a responsabilidade já dada por mandamento.
2. O cristão que recusa dar, dizendo que não é mandamento, não mostra o amor que Deus pede - A pessoa que tem prosperidade tem obrigação de ofertar! Deve fazê-lo principalmente por amor, não por obrigação. O amor sincero é motivo muito maior. O amor é citado inúmeras vezes nas Escrituras como motivo para nosso serviço. E isso inclui as ofertas.

(Continua)

Pense nisso!

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