quarta-feira, 11 de junho de 2014

Determinações Bíblicas Para Ofertas Alçadas



Além do dízimo, Deus registrou na Bíblia as ofertas alçadas como contribuições esporádicas que devem fluir do coração de Seus servos, movidos pelo desejo de ir além de sua obrigação dizimal, por gratidão, por uma causa específica ou por uma necessidade extrema de auxílio social.
Observe algumas passagens bíblicas que nos mostram claramente nossas responsabilidades e privilégios perante Deus, no que diz respeito às ofertas.

No Velho Testamento:
Êxodo 25-36 - Fala da construção do tabernáculo, ordenada por Deus que atenderia a necessidade de um local de adoração para o povo que peregrinava no deserto. Deus, com todo o seu poder, poderia ter produzido do nada uma casa de adoração. Mas Ele quis que tudo fosse feito com os recursos do povo, entrelaçando a construção com o dia-a-dia de Israel. Para a construção e para os ornamentos havia a necessidade de muitos objetos de valor, utensílios, ouro, prata, cobre. O dízimo estava em vigor, nesta ocasião. Por que Deus não o utilizou para esta necessidade? A razão é simples: porque os dízimos já tinham a sua aplicação normal: sustento dos levitas, dos líderes religiosos e manutenção dos atos de adoração. Então, Deus os chama a contribuir com ofertas alçadas, para uma necessidade extra.
O princípio básico está colocado no versículo 2: “Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta alçada; de todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada”.
A versão Atualizada, diz “oferta”. Mas o original (hebr.: T’Rumáh—oferta alçada, da raiz Rum­–oferta) traz “oferta alçada”. Isso não diz respeito ao valor – se seria pouco ou muito. Representa algo (um bem, metal precioso, ou dinheiro) extraído do meio do povo que é levantado (alçado) e apresentado ao Senhor como uma dádiva especial, de forma voluntária. Os rituais levíticos posteriores tinham as ofertas alçadas, que eram levantadas perante o altar apenas uma vez, pelo sacerdote, e a oferta “abanada”, que era levantada ou movida várias vezes perante o altar, representando a consagração da dádiva. Tal oferta deveria ser voluntária. O texto diz com muita clareza: todo o homem cujo coração se mover voluntariamente. Esses eram os contribuintes. Eles deveriam trazer ofertas especiais, de gratidão e reconhecimento, coisas de valor a serem utilizadas nas necessidades do serviço de Deus.
Os próximos seis capítulos de Êxodo (até o 31) registram em detalhes o que Deus queria que fosse feito em sua casa de adoração.
No capítulo 35, Moisés chama o povo e lhe passa as instruções recebidas de Deus. No versículo 5 ele diz: “Tomai de entre vós uma oferta para o Senhor; cada um cujo coração é voluntariamente disposto, a trará por oferta alçada ao Senhor: ouro, prata e bronze…”
Mais uma vez, o caráter voluntário da oferta é ressaltado. Nos versículos 21 e 22, temos o registro da ocorrência das ofertas (recapitulando: primeiro Deus ordena a Moisés, depois Moisés ordena ao povo e agora, temos o fato real). Mais uma vez o registro da voluntariedade é ressaltado. Diz o trecho:
(21) “E veio todo homem cujo coração o moveu, e todo aquele cujo espírito o estimulava, e trouxeram a oferta alçada do Senhor para a obra da tenda da revelação, e para todo o serviço dela, e para as vestes sagradas.”
(22) “Vieram, tanto homens como mulheres, todos quantos eram bem dispostos de coração, trazendo broches, pendentes, anéis e braceletes, sendo todos estes jóias de ouro; assim veio todo aquele que queria fazer oferta de ouro ao Senhor.”
O versículo 29 reforça ainda mais o princípio:
(29) “Trouxe uma oferta todo homem e mulher cujo coração voluntariamente se moveu a trazer alguma coisa para toda a obra que o senhor ordenara se fizesse por intermédio de Moisés; assim trouxeram os filhos de Israel uma oferta voluntária ao Senhor.”
Perante essa evidência não podemos dizer que o dízimo é a única forma de contribuição encontrada na Palavra de Deus. Ofertas voluntárias têm o seu lugar e são apropriadas em casos específicos.
Uma segunda coisa que aprendemos nesse trecho, é que a voluntariedade da oferta não significava aleatoriedade. Ou seja, por ser voluntária não significava que não podia ser planejada. Na realidade lemos, no capítulo 36, v. 3, o seguinte: “…e receberam de Moisés toda a oferta alçada, que os filhos de Israel tinham do para a obra do serviço do santuário, para fazê-la; e ainda eles lhe traziam cada manhã ofertas voluntárias”. Ou seja, enquanto durou a construção, as ofertas eram trazidas sistematicamente, repetidamente, a cada manhã. Não pense, portanto, que o planejamento e sistematização tiram a espiritualidade da oferta planejada e dada de coração. Essa sistematização auxiliava aqueles que davam andamento à construção.
E o resultado foi glorioso!
Veja os versículos 4 a 7, do capítulo 36:
“Então todos os sábios que faziam toda a obra do santuário vieram, cada um da obra que fazia, e disseram a Moisés: O povo traz muito mais do que é necessário para o serviço da obra que o Senhor ordenou se fizesse. Pelo que Moisés deu ordem, a qual fizeram proclamar por todo o arraial, dizendo: Nenhum homem, nem mulher, faça mais obra alguma para a oferta alçada do santuário. Assim o povo foi proibido de trazer mais. Porque o material que tinham era bastante para toda a obra, e ainda sobejava.”
Que coisa gloriosa se Deus movesse nosso povo ao ponto de precisarmos PROIBIR as ofertas porque já estariam transbordando!


Pense nisso!

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