terça-feira, 29 de outubro de 2013

No deserto da crise podemos experimentar os maiores milagres de Deus


Isaque colheu a cento por um no deserto em tempo de seca (Gn. 26.12).

"Isaque enriqueceu, e a sua riqueza continuou a aumentar, até que ficou riquíssimo." (Gn. 26.13).

Tornou-se próspero empresário rural (Gn. 26.14). A razão:

"Porque o Senhor o aben­çoou" (Gn. 26.12b).

"A bênção do Senhor traz riqueza, e não inclui dor alguma." (Pv. 10.22).

A obediência e a confiança em Deus abriram para Isaque as comportas dos céus. Ele ousou crer em Deus em um tempo de crise e angústia, em que as circunstâncias eram adversas e as previsões pessimistas. A fome castigava a terra. A seca estrangulava os so­nhos daqueles que esperavam os frutos. Ha­via uma inquietação no ar, um empobreci­mento das famílias. Mas é no torvelinho das dificuldades que os grandes homens apare­cem. É no vácuo da crise que os empreende­dores se destacam. Quando todos estão cho­rando pela derrota certa que virá é que o idealista enxerga o espaço para a sua mais retumbante vitória.
Os dez espias de Israel só viram os gi­gantes de Canaã, mas Josué e Calebe olha­ram por sobre os ombros dos gigantes e vi­ram uma terra deleitosa que Deus lhes havia dado. O exército de Saul só via o tamanho descomunal do gigante Golias e sua insolente ameaça, mas Davi olhou o mesmo cenário com os olhos da fé, por isso matou o gigante.
A crise é tempo de oportunidade. O de­serto também é lugar de semeadura.
Quando agimos em obediência e confiança em Deus, Ele pode fazer o deserto florescer.
Ele faz jor­rar água no deserto. Há uma colheita farta para aqueles que conseguem ver riquezas onde muitos só enxergam dificuldades, para aqueles que conseguem ver tesouros onde muitos só enxergam a cor cinzenta do deser­to.
A semeadura é tarefa do homem. Preci­samos ter coragem de investir. Plantar uma semente no útero da terra é um ato de fé, pois não temos garantia de que ela vai germi­nar. Também é uma missão árdua, muitas vezes feita com lágrimas. Mas seria loucura alguém deixar de semear por causa do risco do fracasso. Isaque fez a sua parte: investiu e semeou naquela terra. Não se acomodou na crise nem se conformou com a decretação da derrota.
A colheita farta é bênção de Deus. O homem planta e rega, mas só Deus pode dar o crescimento. O homem trabalha, mas só Deus pode fazê-lo prosperar. O homem in­veste, mas só Deus pode recompensar o seu labor. Deus não abençoa a indolência. O pre­guiçoso está fadado à miséria. O trabalho ár­duo, sério e honesto é o caminho da prospe­ridade. Devemos despender todo o nosso es­forço e esperar com todas as forças da nossa alma em Deus. Sem semeadura não há co­lheita. Sem investimento não há retorno. Sem fé o milagre é retido.
Há profunda conexão entre diligência e prosperidade:

"As mãos preguiçosas empobre­cem o homem, porém as mãos diligentes lhe trazem riqueza." (Pv. 10.4).

O trabalho é uma bênção, não uma maldição; uma liturgia de adoração a Deus, não um castigo. O trabalho enobrece e dignifica o homem. É o caminho mais seguro para o progresso. A preguiça, o vício, a busca do lucro fácil, a jogatina, pro­movem a pobreza e o desfibramento moral.
O trabalho, entretanto, traz a riqueza.

"O preguiçoso deseja e nada consegue, mas os dese­jos do diligente são amplamente satisfeitos." (Pv. 13-4).

A única maneira de enfrentar a crise é com trabalho. Não adianta buscar desculpas para justificar o fracasso. É preciso romper com o ciclo vicioso da murmuração. É preciso ter coragem de abandonar aqueles que fazem da vida uma maratona de lamentação.

"Quem lavra a terra terá comida com fartura, mas quem persegue fantasias se fartará de miséria." (Pv. 28.19).

Isaque colheu com fartura em tempo de fome. Ele prosperou no deserto e experi­mentou os milagres de Deus na crise. Mas Isaque não ficou rico de braços cruzados. Ele suou a camisa. Ele botou a mão na mas­sa. Ele cavou poços. Plantou, investiu e tra­balhou. Foi um empreendedor. É hora de parar de falar em crise e arregaçar as man­gas. É hora de parar de reclamar e começar a trabalhar com afinco. É na bigorna da crise que os grandes homens são forjados. É no deserto que Deus pode fazê-lo prosperar.

Pense nisso...

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