sexta-feira, 25 de outubro de 2013

No deserto da crise precisamos desafiar os prognósticos pessimistas

Isaque tinha muitas razões para não fa­zer investimentos em Gerar. O clima geral era de pessimismo. O desânimo tomava conta de todos. Talvez Isaque tenha ouvido muitos afir­mando: O lugar aqui é deserto. Aqui não cho­ve. A terra está seca. Aqui não tem água. Este lugar não serve para agricultura. Qualquer in­vestimento de plantio não dará certo. Outros já tentaram e fracassaram. Não tem jeito, não podemos sair dessa crise.
Os pessimistas só enxergam dificulda­des. Olham para as circunstâncias com ócu­los escuros. Enxergam apenas nevoeiro no caminho.
Certo vendedor de uma grande fábrica de sapatos foi enviado para um país da África para abrir um novo mercado de consumo de sapatos. Ele chegou, examinou cuidado­samente a região e mandou um telegrama para o diretor da empresa: "Quero voltar. Aqui não é lugar para fazer investimento. Aqui nin­guém usa sapatos!" Prontamente o diretor o trouxe de volta e imediatamente mandou ou­tro vendedor para pesquisar a mesma re­gião. Depois de um tempo de análise, o se­gundo vendedor enviou um recado para o seu patrão: "Aqui é um campo virgem. Fare­mos grande sucesso! Ninguém usa sapatos, todos começarão a usar!" A diferença entre os dois vendedores era de perspectiva. Um via as dificuldades; o outro, as possibilidades. Isaque se recusou a aceitar a decretação do fracasso em sua vida. Ele desafiou o tempo, as previsões, os prognósticos, a lógica.
"Isaque formou lavoura naquela terra" (Gn. 26.12). Ele não ficou chorando por causa da crise. Não procurou criar razões para justificar o seu fracasso. Não culpou o sistema nem ficou amuado esperando a situação mudar para começar a fazer grandes investimentos. Desde que o mundo é mundo, ouve-se falar em crise. O mundo sempre esteve e sempre estará em crise. A crise não pode ser negada. Mas os que têm medo da carranca da crise não prosperam. O medroso não investe. O preguiçoso não trabalha. O incrédulo não espera a bênção de Deus. A crise pode ser um tempo de oportunidade. O deserto pode ser um campo fértil. Não adianta culpar o governo, o sistema e as leis. Pare de reclamar. Semeie na sua terra. Semeie no seu casamen­to. Semeie na vida dos seus filhos. Semeie no seu trabalho. Semeie na sua empresa. Semeie na sua igreja. Não importa se hoje o cenário é de um deserto. Lance as redes em nome de Jesus. Lance o seu pão sobre as águas. Ande pela fé. Faça tudo o que depende de você e espere prodígios das mãos de Deus. [...]
Não olhe para aquilo que o deserto é, mas para aquilo em que ele pode transformar-se. Veja a vida pelas lentes do otimismo. O futuro não é filho do acaso; é criado por ho­mens de visão. A história está crivada de exem­plos de homens que plantaram no deserto, enfrentaram a crise e triunfaram em tempos de adversidade. [...]
Para prosperar no deserto, é preciso ter iniciativa e criatividade. Quando estamos viven­do no deserto, precisamos nos tomar especialis­tas em derrotar crises. Isaque começou a cavar poços. Ele cavou sete poços e especializou-se no que fazia. Buscava um milagre, mas pronto a trabalhar até a exaustão. Oliver Cromwell di­zia aos seus soldados: "Confiem em Deus, mas mantenham a pólvora seca."
Muitas pessoas querem sucesso sem es­forço. Querem prosperidade sem trabalho. Há aqueles que querem passar no vestibular, mas não estudam. Matriculam-se nos concursos, mas não se debruçam sobre os livros. Desejam es­tar empregados, mas não saem de casa com o sol quente para procurar emprego. São pesso­as indolentes, lerdas, preguiçosas. Querem tudo de mão beijada. 
Isaque cava poços. Ele quer ser próspe­ro, mas não fica deitado de papo para o ar. Vai à luta, se esforça, faz a sua parte. Ele é bom no que faz. Ele é especialista. É doutor em cavar poços. Ele prospera onde todo o mundo está passando fome. A porta das opor­tunidades abre-se para aqueles que são deter­minados, que estão antenados, enxergam por sobre os ombros dos gigantes. 
Vivemos em uma aldeia global. Os mei­os de comunicação fizeram da nossa sala o centro do universo. A globalização excluirá do mercado aqueles que não se especializa­rem. Precisamos aprender a cavar poços no deserto.
Precisamos encontrar água onde to­dos só enxergam areia. Precisamos ver lavou­ras prenhes de frutos onde todos só enxer­gam cactos secos. 
Já fiz algumas viagens para Israel. Em uma delas sofri profundo impacto com o contraste do visual. Viajamos do Egito para Israel, cru­zando o inóspito deserto do Sinai. De um lado, estava o deserto seco, morto, coberto de areia e pedras. Do outro lado, no território de Israel, no mesmo deserto, tudo era verde, viçoso, com belas e frutíferas plantações de laranja. Pergun­tei para o guia turístico a razão do contraste. Ele prontamente respondeu: "Onde tem água, toda a terra é terra boa". Israel levou água para o deserto através de um dos mais modernos siste­mas de irrigação do mundo, e o deserto flores­ceu. O milagre de Deus não anula o esforço humano. 
Precisamos nos especializar naquilo que fazemos. [...] Você está se especializando no que faz? Você é melhor hoje do que foi ontem? Você está progredindo onde foi plantado? Você está ca­vando poços no seu deserto? Você está semean­do na sua terra?

Pense nisso...

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