A crise é
uma encruzilhada, uma bifurcação na rota da vida. Podemos fazer dela uma porta
para os horizontes largos do triunfo, ou podemos descer através dela aos vales
mais sombrios do fracasso. A crise pode ser a porta da esperança ou o calabouço
do desespero. A crise eleva alguns e abate outros. A diferença entre o vencedor
e o perdedor não esta na crise, mas em como cada um a enfrenta. A grandeza de
um homem está no fato de que, quando todos estão colocando o pé na estrada do
fracasso, ele vislumbra o chão do progresso. O vencedor é um visionário. Ele vê
o que ninguém consegue contemplar. Enxerga por sobre os ombros dos gigantes.
Quando todos estão mergulhados no problema, ele está contemplando a solução.
Aquele que
triunfa diante das dificuldades nunca é unanimidade. A unanimidade é burra.
Ela sempre capitula diante das crises. Todo o arraial de Israel chorou,
desesperado, com medo de lutar contra os gigantes e, também, de não tomar
posse da terra prometida. Somente Josué e Calebe tiveram uma visão otimista.
Todo o povo pereceu no deserto; só os dois visionários entraram na terra que
manava leite e mel.
Os
exércitos de Israel durante quarenta dias, de manhã e à tarde, ouviram as
afrontas do gigante Golias e, empapuçados de medo, bateram em retirada
covardemente. Davi, como voz solitária, dispôs-se a enfrentar o gigante. Mesmo
tendo de suportar o escárnio do seu irmão Eliabe e a incredulidade do rei Saul,
ele fez o gigante dobrar-se diante da sua coragem, triunfando sobre o herói dos
filisteus. Davi derrubou o gigante e o matou. Mais tarde, o mesmo Davi viveu
outra situação dramática. Ziclague, sua cidade refúgio, tinha sido saqueada e
incendiada pelos amalequitas. Seus bens foram roubados; suas mulheres, seus
filhos e suas filhas foram levados cativos. O mesmo aconteceu com os seus seiscentos
homens de confiança. Quando Davi e seus homens chegaram e viram a cidade
debaixo de escombros e ainda fumegante, os homens se revoltaram contra Davi e
quiseram apedrejá-lo. Além da perda pessoal, Davi ainda enfrentou a ira de
seus homens. Davi chorou e angustiou-se enquanto os amalequitas festejavam com
os ricos espólios. No meio dessa crise avassaladora, Davi emergiu com um
arroubo de solitária esperança; ele se reanimou no Senhor seu Deus e começou a
orar pedindo a direção divina. Levantou-se da oração e, sob a orientação de
Deus, empunhou bravamente as armas e liderou os seus homens em vitorioso
combate.
Tomou de
volta tudo aquilo que o inimigo havia saqueado. Saiu da crise mais fortalecido,
fazendo dela uma ponte para vitórias mais retumbantes.
Pense nisso!
(Extraído
de “Prosperando no deserto” - Hernandes Dias Lopes. 1ª ed. - São Paulo: Editora
Candeia, 2001)
Aconselho você a ler o texto
de Gênesis 26, pois nas próximas postagens vamos tratar sobre alguns dos
princípios expostos nele. Será muito útil aprender com Isaque a prosperar no
deserto. Até lá...
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