sexta-feira, 1 de novembro de 2013

No deserto da crise precisamos reabrir as antigas fontes

No deserto da crise precisamos reabrir as antigas fontes, sem deixar de cavar novos poços (Gn. 26.18-22,25,32)

Isaque tem um problema vital no Vale de Gerar - Não há água. Sem água, não há vida. Você pode ter o melhor solo, a melhor se mente e os melhores fertilizantes, mas sem água a semente morrerá mirrada no útero da terra. Sem água, a morte prevalece.
O problema de Isaque não podia ser adiado. Não era algo secundário. Não era um problema periférico. Requeria uma solu­ção urgente. De forma semelhante, a nossa necessidade espiritual hoje não é um assun­to secundário. A água é um símbolo do Espírito Santo. Sem o Espírito de Deus, você pode ter nome de crente, aparência de crente, mas você está morto. A não ser que nas­ça da água e do Espírito, você não pode entrar no Reino de Deus. Sem as torrentes do Espírito, sua vida torna-se árida como os cactos do deserto. Sem o orvalho do céu, sua vida murcha e seca.
Isaque aprende com a experiência dos mais velhos. Ele não chama os especialistas para cavar poços, mas aproveita a experiência do seu pai. Abraão já havia cavado aqueles poços e encontrado água. Precisamos rea­brir as fontes de vida que abasteceram nos­sos pais. Precisamos redescobrir as fontes de vida que nossos pais beberam e que fo­ram entulhadas pela corrupção dos tempos. Os filisteus modernos têm jogado muito en­tulho nas fontes que abastecem nossa vida. Precisamos cavar esses poços outra vez. Lá existe água boa. Lá existem mananciais.
Precisamos voltar às antigas veredas, à prática das primeiras obras. Precisamos voltar ao nosso primeiro amor, reunir a família em torno da Palavra, voltar a orar juntos, fazer o culto doméstico. Precisamos voltar a orar por avivamento, reaprender a jejuar. Precisa­mos matricular-nos na escola do quebrantamento, romper com o pecado e buscar uma vida de santidade. Precisamos ape­gar-nos com mais fervor às verdades eternas da Palavra de Deus. Não estamos precisando de novidades, de correr atrás de cisternas ro­tas. Precisamos do Antigo Evangelho.
Hoje, na ânsia de buscar algo novo, muitas pessoas jogam fora toda a herança que receberam de seus pais. Muitas aban­donaram as antigas veredas e embrenharam se por caminhos desconhecidos. Muitas igre­jas, na busca do novo, removeram os marcos antigos.
O profeta Jeremias denunciou aque­les que abandonaram o Senhor, o manan­cial de águas vivas, e cavaram para si cis­ternas rotas que não retêm as águas. De forma semelhante, muitas igrejas hoje estão buscando avivamento sem doutrina, reves­timento de poder sem as balizas da ver­dade revelada de Deus. Por isso, temos visto muito movimento, mas pouco resultado; muito choro, mas pouco quebrantamento; muito trovão, mas pouca chuva; muitas fo­lhas, mas pouco fruto; muita aparência, mas pouca realidade. O movimento tem-se trans­formado em monumento. A unção está se tornando inanição. A comunhão está viran­do socialização. E a adoração está virando encenação.
Isaque não se contentou apenas com as experiências do passado; ele queria mais (Gn. 26.19-22,32) - Ele era um homem sedento. Queria sempre mais. Ele saiu da terra dos filisteus, foi para o vale de Gerar, depois para Reobote, depois para Berseba. Mas, por aonde ia, cava­va poços. Ele não desanimava diante das di­ficuldades. Queria água no deserto. Berseba, antes um deserto, agora era uma cidade, por­que Isaque encontrou água ali. Isaque não apenas desentupiu os poços antigos; ele ca­vou poços novos. Não desprezou o passado, mas também não ficou preso a ele. Isaque não jogou fora a herança deixada por seu pai, mas não se limitou a ela. Isaque sabia que podia alargar os horizontes da sua vida. Não se acomodou e continuou cavando po­ços. Foi além. Ele queria mais. Transformou o seu deserto em fonte de águas.
Precisamos aspirar mais do que os nos­sos pais aspiraram. As torrentes de ontem de­vem ser as medidas mínimas para a busca do hoje. Precisamos avançar mais do que os nos­sos pais avançaram. Os recursos de Deus são inesgotáveis. Não podemos deixar que as ex­periências do passado sejam o limite máximo das nossas buscas hoje. Não podemos jogar o passado fora, nem idolatrá-lo. A história é dinâmica. Devemos viver no presente com os olhos no futuro.

O exemplo de Isaque deve ser uma ins­piração para nós. Não podemos desprezar o rico legado que recebemos de nossos pais na fé. Eles cavaram poços antes de nós e encontraram água limpa. Esses poços foram muitas vezes soterrados com o entulho dos filisteus. Precisamos desentupir esses poços. Precisamos reabrir as antigas fontes, porque delas pode jorrar água em abundância.
Nossos pais experimentaram o tremen­do milagre de ver o deserto seco transformar-se em mananciais. Eles cavaram poços e beberam de suas águas. Oraram e receberam avivamento. Buscaram o Senhor e encontra­ram mananciais de águas vivas. Eles viram Deus transformar o deserto árido em poma­res frutíferos.

Nossa geração precisa ter a ousadia de Isaque. Precisamos buscar não apenas as maravilhas que os nossos pais experimenta­ram, mas ir além. Não há limitação no nosso Deus. Ele pode fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, con­forme o seu poder que opera em nós. Pode­mos hoje experimentar as torrentes do céu. Podemos ser visitados por um poderoso avi­vamento. Podemos sacudir o jugo da sequidão espiritual. Os mananciais de Deus são ines­gotáveis. As fontes de Deus jamais deixam de jorrar. O azeite de Deus jamais deixa de es­correr enquanto há vasilhas vazias disponí­veis. É tempo de buscar as riquezas insondáveis do Evangelho de Cristo. É tempo de ver também o nosso deserto florescer!

Pense nisso...

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