quarta-feira, 16 de outubro de 2013

No deserto da crise precisamos olhar para as promessas de Deus


Gerar foi o lugar que Isaque nasceu. Deus irrompe na sua história e lhe diz: "Não fuja, floresça onde você está plantado. Não corra dos problemas. Enfrente-os. Vença-os".
Quando somos atingidos por uma crise e estamos no meio de um deserto, somos to­mados pela ansiedade e perguntamos: O que será do meu futuro? Como conseguirei sobre­viver quando todos estão fracassando? Como poderei superar o desânimo? O que será da minha família? Qual será o futuro dos meus filhos? Como poderei ser próspero vivendo num deserto? E se eu perder o emprego? Onde os meus filhos vão estudar? Se eu ficar doen­te? Se eu não puder pagar o plano de saúde?
Mas Deus acalma o coração de Isaque dizendo-lhe: "Calma! Eu estou contigo. Cal­ma! Eu tomo conta da sua descendência. Cal­ma! Seu futuro está nas minhas mãos. Calma! Farei de você e da sua descendência uma bênção para o mundo".
Diante de tantas inquietações, perguntas perturbadoras e tantos exemplos de fracasso à sua volta, somente a voz e as pro­messas de Deus podiam trazer alento para Isaque. Parece que todas as vozes da terra anunciavam a falência dos sonhos. Isaque precisava alimentar-se das promessas de Deus, precisava beber o leite genuíno da verdade que jorra dos mananciais de Deus. Quais fo­ram as promessas que como ribeiros regaram a alma desse peregrino?

1. Uma presença consoladora
Deus diz a Isaque: "Permaneça nesta ter­ra e eu estarei com você" (Gn. 26.3). Quando a crise bate à porta da nossa vida, a primeira coisa que perdemos é a consciência da pre­sença de Deus. Quando somos encurralados por circunstâncias adversas, tendemos a achar que Deus nos desamparou. Por isso, a primeira palavra de encorajamento que Deus dá a Isaque é a garantia da sua presença com ele.
A promessa é sustentada mediante a obediência. Quando nos dispomos a andar segundo a direção de Deus, Ele caminha conosco. Quando Deus está ao nosso lado, somos invencíveis. Quando Deus se agrada de nós, podemos alcançar grandes conquis­tas.
A desobediência do povo de Israel afastou a presença de Deus do arraial. Pela desobediência de Sansão, o Espírito de Deus afastou-se dele. Porque Saul transgrediu os mandamentos de Deus, o Se­nhor o deixou. Na verdade, a malignidade do pecado se deve ao fato de que ele nos separa de Deus. É a pre­sença de Deus que nos dá a vitória. São a coluna de nuvem durante o dia, e a coluna de fogo à noite, que inibem e neutralizam o poder do adversário contra nós.
Paulo, o grande intérprete do cristia­nismo, entendeu a verdade magna: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Da mes­ma forma, o contrário é profundamente trá­gico. Se Deus não estiver conosco só nos resta sofrer a amarga derrota.
O segredo da vitória na crise é andar em obediência a Deus. Andar sob a direção do céu é caminhar seguro. Es­tar no centro da vontade de Deus é triunfar nas horas de incertezas. O lugar mais seguro para estar, ainda que em perigo, é no centro da vontade de Deus. O lugar mais seguro fora do centro da vontade de Deus é terreno es­corregadio. Quando o Senhor caminha conosco, sempre chegamos ao porto deseja­do. Quando temos consciência da presença de Deus conosco, passamos pelas águas, pe­los rios e até pelo fogo sem nos intimidar. O que dava confiança para Davi passar pelo vale da sombra da morte era a presença de Deus. Quando vivemos em obediência, mes­mo na fornalha ardente das provações mais amargas contamos com a presença do Senhor caminhando conosco.
O grande elemento encorajador que Je­sus deu aos discípulos para que fossem até aos confins da terra pregando o Evangelho era a promessa de que estaria com eles todos os dias. O Senhor conhece a nossa carência de companhia. Ele sabe a tendência que te­mos para a solidão. Ele é o amigo de cami­nhada, que não nos deixa sozinhos. Quando achamos que perdemos as pegadas do Se­nhor na estrada da vida, ele, nesse momento, está nos carregando no colo.
A presença de Deus é refúgio. Ela traz consolo. Quando ele está conosco, saltamos muralhas, vencemos gigantes, desafiamos o perigo, conquistamos fortalezas, arrombamos as portas do inferno e drapejamos a bandeira da vitória. Quando temos consciência de que o Senhor está conosco, somos encorajados a plantar" no deserto. Quando a bênção do Se­nhor está sobre nós, o deserto da morte tor­na-se cenário de vida. A crise acaba e pode­mos prosperar no deserto.

Pense nisso...

Continua na próxima postagem. Fique ligado!

(Extraído de “Prosperando no deserto” - Hernandes Dias Lopes. 1ª ed. - São Paulo: Editora Candeia, 2001)

Leia Gênesis 26, pois nas próximas postagens vamos tratar sobre alguns dos princípios expostos nele. Será muito útil aprender com Isaque a prosperar no deserto. Até lá...


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